#DIARIODEBORDODAMÃE

Carnaval em Família – TODOS DETALHES

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VISANDO SEMPRE ATENDER TODOS OS PEDIDOS, INICIO UMA NOVA COLUNA #DIARIODEBORDODAMAE ONDE CONTAREI SOBRE TODAS MINHAS VIAGENS, SENDO À LAZER, EM FAMÍLIA, SOZINHA OU A NEGÓCIOS.

 

 

Voltar pra Matrix depois de 4 dias em Shangrilá…ou melhor no Paiol Grande é muito estranho. Mas cá estou para contar pra vocês como chegar nesse pedacinho de Paraíso aqui do ladinho de SJCampos (e já adianto que a maioria das pessoas que vão pra lá é do Rio) ou seja as pessoas viajam muito mais que nós pra ter esse momento de paz.

                                  Conheci o Paiol quando eu tinha 8 anos… isso mesmo há 26 anos, você imagina o que é esperar mais de duas décadas para voltar em um lugar que você amou? Acho que isso já faz pensarmos em como devemos valorizar todos os momentos que vivemos, pois muitos lugares que ficam em nossas memórias e que pensamos…ahhh volto em breve. Esse “breve” pode levar muito tempo. Desde a primeira vez que fui, com minha escola na época, eu era pequena e não chegamos a dormir no local eu SONHAVA que voltaria na quarta série e poderia dormir com meus amigos…mudei de escola. Nunca voltei mas nunca esqueci esse local. E sempre dizia que “um dia voltaria pra dormir”, só não imaginava que seria quando meu filho tivesse a idade que eu tinha naquela época.

 

Esse ano, iniciei com a proposta que minhas prioridades seriam respeitadas acima de tudo… e elas foram traçadas da seguinte forma: Saúde, Filhos e Carreira. Ou seja, mudei hábitos meu e das crianças, me coloquei a total disposição deles e organizei minha rotina pra otimizar minha carreira.  A saúde, por motivos óbvios que se eu não tive-la não consigo fazer mais nada bem… os filhos, por perceber pelas minhas clientes e por várias pessoas que filhos não criados com cuidado extremo geram pessoas problemáticas para toda a sociedade e pra eles próprios claro. E se formos pensar; hoje a expectativa de vida é em torno de 80 anos… se eu dispuser 15 anos da minha vida pra cuidar BEMMMMM COMPLETAMENTE DEDICADO À ELES, eu ficarei muito tranquila depois, pois serão adultos seguros de si, com caráter, ética, amorosos. Se dedicar aos filhos não significa abrir mão de si, mas respeitá-los e amá-los de forma a saber que tudo que fazemos reflete diretamente neles.

 

E a carreira, pois é algo que irá me trazer uma tranquilidade, independência e reconhecimento. Por isso importante fazermos o que amamos afinal, será nossa companheira por muitossss anos… muitas vezes mais que os filhos e amores. Então deve ser muito bem cuidada.

 

E então diante de minhas prioridades muito bem traçadas, passei a fazer várias mudanças na minha vida. E que já adianto, têm me trazido uma série de benefícios. E nisso estão ter momentos de qualidade com as crianças.  No início do ano junto com elas perguntei tudo que eles queriam pra esse ano de 2020 e disse que dentro das minhas possibilidades eu iria fazer. Eles pediram 4 coisas;  ir em cachoeiras, tomar café da manhã em hotel, acampar e que eu ficasse menos no celular.

 

Já havia organizado algumas viagens com eles, mas quando vi a proposta do Paiol, meio que a fome com a vontade de comer se uniram. Eu voltar no local e mais, levar meus filhos pra acampar, comer bem e FICARIA SEM CELULAR. A proposta lá é justamente o detox digital, então esquece wi fi… e são poucas as operadoras que pegam até para ligação.

 

Ciente disso decidi que enfrentaria e que estava precisando desse momento com eles e comigo mesma. FUI…

 

Chegando lá, tava exatamente como eu lembrava como se eu tivesse entrado na máquina do tempo do Michael J Fox… e eu voltasse há 26 anos. Nostalgia e encanto já nos abraçam desde o portão.

 

As crianças chegaram meio tímida, ainda mais por não conhecerem ninguém (assim como eu). O primeiro momento já fomos recebidos pelos monitores (que deveriam dar aulas nos RH de TODAS as empresas, pois esses conhecem de excelência em atendimento ao cliente e paciência deve ser o sobrenome de todos), nos informaram onde seriam nossos dormitórios e onde poderíamos ir deixar nossas malas. Nessa hora já divide-se por idade e sexo, meninos pra um dormitório, meninas pra outro, mamães para outro e papais para outro. (isso já vinha avisado ao comprarmos o pacote e o que me incentivou muito pois Sophie tem um problema imenso em dormir no quarto dela).

 

 

 

 

 

E aqui já começa todo o envolvimento e incentivo a independência, pois as crianças que se organizam dentro de seus dormitórios. As crianças passam a cuidar da arrumação da cama, do local, da higiene. Esquece conceito “hotel”  lá é tudo no “faça você mesmo”. Com o espírito de equipe e cooperação, eles ganham notas e incentivo, os chalés viram verdadeiras equipes que competem de forma saudável entre si, em um ambiente de amizade e respeito.

 

A hora da refeição (aliás as horas, pois comemos muitoooo e muitooooo bem são 5 refeições diárias, deliciosamente desenvolvidas e preparadas com imenso carinho e cuidado) é outro momento maravilhoso. Em um gigante refeitório de mesas compartilhadas, todos fazem tudo… colocam, tiram, limpam a mesa. Se servem nos réchauds sozinhos e as crianças acabam comendo muitooooo bem. Com direito a saladas orgânicas colhida no próprio local e um cardápio incrivelmente variado. Com direito a músicas antes e depois , agradecimento pelo alimento.

 

                                 E os dias seguem programações completamente variadas, pedagógicas e lúdicas, formas desafiadoras de desenvolver as mais valiosas habilidades. Acho importante salientar que não são dias “fáceis” pois eles visam realmente nos tirar da zona de conforto, propondo atividades que geram aprendizados que levaremos pra vida toda. Como se preparassem as crianças (pois o público alvo são crianças e jovens… os pais são convidados em algumas temporadas mas que passam a integrar as mesmas regras) para os desafios da vida. Indo completamente de encontro a tudo que aprendo nos inúmeros cursos e vivências que tenho, TODOS os principais autores, professores e mentores falam que só conseguimos nos destacar : SAINDO DA ZONA DE CONFORTO.

 

No primeiro dia tivemos jogos integrandos as famílias; estilo gincana mesmo. Em ginásio, campo aberto e alí já se iniciava a possibilidade de inúmeras amizades, tanto entre os jovens quanto entre os pais e mães. Todos aos poucos passavam a formar uma grande e amorosa família, todas as crianças era cuidadas por todos, mas ao mesmo tempo incentivadas a serem independentes , a lidarem com frustração, a desenvolverem formas de improviso nas mais variadas situações.

                                  Ahhh e a programação é cuidadosamente desenvolvida para qualquer tipo de clima. Eles têm tudo programado esteja chuva, sol, calor ou frio. É bom lembrar que trata-se de um local na Serra da Mantiqueira, praticamente no pé da Pedra do Baú então por si só já é um ambiente bem fresco , de ar puro e bucólico. Esquece a correria da cidade, esquece a rotina de loucura e poluição. A rotina existe sim! Mas uma rotina completamente diferente de integração e brincadeiras.

 

O segundo dia foi o momento tão esperado… teríamos a vivência de um acampamento real, com direito a trilha, fogueira e banheiro seco. Sem o conceito de;  “a mas meu filho é pequeno”. A ideia aqui é que todos podem fazer tudo…seja nós como mães, darmos conta de auxiliarmos os menores a vencer os desafios, sejam eles terem suas próprias independência para vencê-los por si só.

Fomos pro acampamento, que já tinham barracas enormes armadas, com sacos de dormir e tecidos térmicos. Cada barraca cabia 2 famílias… a amizade é estimulada imensamente a ideia é todos se misturarem sem qualquer distinção.

 

Como eu falei, é desafiador… eu que sou completamente urbana, viciada em internet e conforto. Confesso que foi difícil dormir em barraca, por mais que não tive que me dar o trabalho de montá-la. Conforto não seria uma palavra muito usada, afinal sair da zona de conforto pode ser qualquer coisa menos “confortável”. Mas as crianças simplesmente amaram, ainda mais vendo eu ali, COMPLETAMENTE PARA ELES, sem responder mensagens, sem a pressa do dia dia, sem o horário pra “acabar a brincadeira”.

 

No dia seguinte , logo com o nascer do sol (ou até um pouco antes dele) já estávamos de pé…com aquele café magnífico posto e já com uma nova proposta de desafio; Duas possibilidades de trilha, a mais difícil e a menos desafiadora. Pois ambas exigiam bastante e as pessoas simplesmente escolhiam de acordo com sua vontade, podendo famílias se separarem, incentivando mais uma vez a independência.

Aqui vou ter que confessar pra vocês…. eu não aguentei. Eu e mais 2 mães, voltamos de carro. A Sophie me acompanhou e o Dam seguiu com eles. Sim, gente não me orgulho mas sou da política do “menor esforço” e acho que entre nós três eu fui a maior desafiada nesse Carnaval; participar, me socializar, me desligar completamente de Matrix… é algo que dificilmente consigo fazer. Mas me esforcei muito e fiz no meu limite. Outra coisa importante a se colocar, é que nós pais podemos deixar de fazer qualquer atividade. Optando por não participar, mas acredite a carinha deles de “mamãe pq vc não vai?” acaba fazendo querermos estar envolvidas com tudo.

 

Nesse dia choveu… o que nos levou as atividades internas que não deixaram a desejar pras atividades de fora. Igualmente envolventes e divertidas.

Encerramos a última noite, com um jantar a fantasia… divertida de adultos e crianças num clima de festa em família, com um ambiente completamente acolhedor, inclusivo e respeitoso. O oposto do Carnaval na maioria das noites pelo país. Depois do jantar, fomos para fogueira num clima de despedida mas com vontade de quero mais. Agora éramos realmente uma grande família, onde já sabíamos o nome de todos os filhos e que ali não mais existiam diferenças entre eles… cada um com sua história e bagagem eram respeitados com suas peculiaridades.

O dia seguinte ainda tinha programação até o almoço, mas ficamos só para o café com medo do trânsito pós feriado. Mas a vontade de ficar era grande, não só para almoçar mas para sempre fazer parte desse clã em particular. As crianças já saíram desejando voltar.

 

As próximas vivências em família será na Pascoa e em Novembro, super recomendo que vão…levem seus filhos para conhecer esse cantinho único na Serra. E eles poderão voltar sozinhos nas temporadas de férias; julho, dezembro ou janeiro.

 

 

Investimento: R$ 2.160 (dividido por 3 no boleto ou cartão)

 

All Inclusive

 

Cidade: São Bento do Sapucaí

 

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